História
Laje do Muriaé
Rio de Janeiro – RJ
Histórico
Fundada em 1832 pelos 3 Josés: José Ferreira Cezar, José Bastos Pinto e José Garcia Pereira – parentes de Constantino Pinto, protetor dos índios Puris de São Paulo do Muriaé. Partiram de Muriaé, rio abaixo, em busca de ouro e pesca, e encontraram uma laje que quase estrangulava o rio. Pararam nessa laje, a fim de prepararem a primeira refeição do dia.
Seguiram, depois abaixo, para o local em que José Ferreira Cezar pretendia fundar a primeira fazenda, “o Angola”. Em chegando ao sítio indicado, e ao disporem os trens da cozinha, em condição de efetuarem a refeição segunda do dia, deram falta de um determinado utensílio… Procuraram que procuraram, até que alguém se lembrou que determinada peça tinha ficado na laje… E esse acidente topográfico passou a dar o nome a toda região.
Algum tempo depois, José Ferreira Cezar abriu mão das terras do Angola, partindo para as nascentes do Ribeirão do Campo, quando achou as barras de cinco córregos, local esse ideal para a fundação da sua fazenda, que passou a se chamar “Fazenda das 5 Barras”. Por seu turno, José Garcia Pereira, fundava a “Fazenda do Tanque”, a qual recebia tal nome por Ter ele feito barrar o Ribeirão da Serra, dando origem ao açude que recebeu aquele nome: “Tanque”.
Nesse tempo, isto é, já em 1840, teve origem o estabelecimento do ciclo do café. Isto é, o café invadiu o Norte-Fluminense, descendo de Minas e entrando pelo Poço Fundo. São estas as palavras do Visconde de Taunay: “Por 1840, já o café se havia até mesmo em municípios da zona da mata, que ficam mais para o interior”.
A Laje permanecia, então, à zona da mata, isto é, a zona da mata descia o Rio Muriaé, até a Serra de São Domingos, a qual servia de limite “entre as terras altas de Minas e as terras baixas da Baixada Campista”.
Pertencendo a Baixada Campista, Laje foi politicamente anexada a São Fidelis de Sigmaringa, onde pertenceu até 1872, quando passou a pertencer a Santo Antonio de Pádua. Desligou-se de Pádua em 1887, para fundar São José de Avaí, que passou a ser, então, Itaperuna.
Desmembrada de Itaperuna em 07 de março de 1962, pela Lei 5045, para constituir-se no atual município.